De volta à disputa da Taça Libertadores da América depois de três anos, o Botafogo está se reforçando para entrar na competição forte e não repetir o desempenho de 2014, quando foi eliminado ainda na fase de grupos. Para isso, o clube saiu ao mercado, mas também promete olhar com carinho para os atletas da base, que se destacaram muito. Principalmente a equipe sub-20 de Gustavo “Bochecha”, considerado umas das grande promessas para 2017.
Volante muito técnico, ele participou de todas as conquistas do Botafogo esse ano, como o Campeonato Brasileiro e o Carioca. Os bons rendimentos em campo o fizeram ser incorporado de vez à equipe profissional.
– Esse ano foi muito especial para a base do Botafogo. No começo das competições muita gente não acreditava no nosso time, mas fomos crescendo ao longo da temporada – lembrou.
Porém, isso tudo só foi possível pelo incentivo de dona Cenira, que impediu o filho de abandonar a carreira na época em que foi mandado embora do Fluminense.
– Eu tinha 14 anos e fiquei triste quando fui mandado embora. Queria parar de jogar, mas minha mãe conversou muito comigo e me fez continuar. Acabei aceitando um convite para treinar no São Cristóvão. Depois fui para o Duque de Caxias e acabei chamando atenção do Botafogo após um jogo contra. Antes do teste, voltei a falar para minha mãe que abandonaria a carreira se não fosse aproveitado. Graças a Deus entrei e hoje estou aqui – revelou ele, que ganhou o apelido de Bochecha do amigo Hiago Alves dos tempos de São Cristóvão.
Fã do alemão Toni Kroos, do Real Madrid, Bochecha diz que gosta de acompanhar os jogos da equipe espanhola para estudar a forma com que o volante joga. E busca repetir isso nos treinos. Falando em treinos, ele disse que vem aproveitando muito a oportunidade de trabalhar com os profissionais e destacou a atenção dada pelo zagueiro Emerson Silva.
– Está sendo um experiência maravilhosa. O pessoal nos tratou muito bem, principalmente o Emerson Silva, que gosta de conversar com os meninos da base. Teve até uma vez que ele veio brincar comigo, pois eu tinha feito uma tatuagem e colocado em um rede social. Ele disse que eu já estava me rabiscando (risos).
Melhor amigo foi a joia de 2016
Curiosamente, o melhor amigo de Bochecha foi a joia de 2016 do GloboEsporte.com. Volante, Matheus Fernandes chegou aos profissionais no início do ano, mas não teve tanto destaque como, por exemplo, o atacante Ribamar, que acabou vendido rapidamente para o exterior. Agora, ao lado de Marcelo (zagueiro), Yuri (meia), Pachu e Renan Gorne (atacantes), eles iniciam 2017 com a esperança de jogar a Libertadores da América e se firmarem de vez na equipe profissional do Glorioso.