Garoto de 9 anos aprova em 20 minutos e já ganha status de “joia” no Grêmio

8 de maio de 2015
Qualquer criança de nove anos estaria brincando e vivendo a vida longe de estádios como a Arena. Mas Emanuel não é uma criança qualquer. Meia, canhoto, o menino é tratado como diferenciado nas escolinhas do Grêmio, clube no qual escolheu jogar depois de deixar Rosário, no Maranhão. Com cerca de 20 minutos, recebeu a aprovação entusiasmada dos coordenadores das categorias inferiores do Tricolor. A cada treino, reina a certeza de que o pequeno tem um destino traçado por seu dom: ser jogador de futebol. 
Para Manu, como é conhecido o menino, tudo gira em torno da bola. O pai, José Raimundo Ferreira, conta que é só nisso que o filho pensa. No máximo, um videogame. Na tela, óbvio, futebol. A criança chamou a atenção para quem estava na Arena do Grêmio antes do duelo com o Juventude, na semifinal do Gauchão, há pouco menos de duas semanas. Trocava bola com marmanjos como se eles tivessem a sua idade. A qualidade é marca registrada. 
O protótipo de meia gosta de atuar pela direita, para cortar para o meio e usar a perna esquerda. Segundo o coordenador técnico da Escolinha do Grêmio, William Mikhailenko, a maneira como conduz a bola, colada no pé esquerdo, é rara para alguém com apenas nove anos. 
Manu começou no futsal em São Luís, na escolinha do ídolo Falcão. Já foi campeão com seis anos. Logo depois, a família viajou a São Paulo, para jogar na escolinha Pulo do Gato. Demorou quatro jogos para ser o destaque e ganhar uma camisa do melhor jogador de futsal do mundo. Paulo Cesar, ex-jogador do Grêmio, observou o garoto e o indicou para João Antônio, atual coordenador técnico das categorias de base. Manu está há 8 meses no Grêmio. E só está no clube porque escolheu jogar de azul. Foi aprovado pelo Santos e teve contato com Milton Cruz, do São Paulo.
O pai trabalhava na mesma área em uma refinaria da Petrobras após a mudança para São Paulo. A mãe, Maria Antônia Silva, é professora concursada pela prefeitura de Rosário. E vive longe do filho. A saudade consome ambos, mas Manu não aceitou passagens para ficar com a progenitora no final de 2014. Só quer voltar quando puder melhorar a vida dos familiares. 
A mudança para o futebol de campo ocorre no Tricolor. Algo que seria natural. A adaptação acontece sem nenhuma barreira. Em pouco menos de 20 minutos, conseguiu a aprovação dos professores e coordenadores que trabalham diretamente com ele no Grêmio. Já foi campeão gaúcho sub-11, categoria na qual atua, e vice-campeão na Taça Saudade, em Santa Catarina, quando o Grêmio foi superado pelo Juventude. 
– Na virada do ano colocamos ele na sub-10, estreou no Gauchão. É um menino que tem bastante chão. Estou há 10 anos no clube fazendo este trabalho, e dentro dos meninos que a gente vê crescer, dá para arriscar que tem um futuro bem interessante – aposta o coordenador técnico da Escolinha do Grêmio, William Mikhailenko

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