Terceiro esporte mais praticado no Brasil, perdendo apenas para o futebol e o vôlei, o Tênis de Mesa é uma das modalidades que mais vem se destacando no cenário estadual nos últimos anos. Com uma recente reforma em sua organização, a Federação Baiana da modalidade (FBTM) realiza um trabalho de integração entre as diversas cidades do interior do estado e a capital, estimulando a formação de novos atletas e se destacando nas competições disputadas no país.
Segundo o atual presidente da FBTM, Paulo Carneiro, o atual bom momento do esporte é um reflexo dos atuais projetos realizados pela entidade, que tem como meta dar mais estrutura a prática do Tênis de Mesa.“Nós começamos um trabalho de revitalização, dando um cunho profissional no esporte. Legalizamos a federação e criamos projetos que foram aprovados tanto pelo Ministério do Esporte quanto pela Sudesb. Hoje temos equipamentos adquiridos com o Governo Federal ,que estão concentrados em um espaço cedido pela Prefeitura de Camaçari. Lá, além dos atletas, qualquer um pode treinar gratuitamente. Além disso, temos estimulado as maratonas de tênis de mesa e realizando o Circuito Baiano, que já está em sete cidades, e conseguido contemplar atletas com a Bolsa Esporte do Governo do Estado” afirmou o dirigente, que também ilustra a participação dos atletas da Bahia nos torneios nacionais. “Participamos agora da última etapa do Circuito Nacional, em Aracaju, e com 10 atletas na delegação, conseguimos 10 medalhas. Levamos o bronze com o tricampeão baiano, Rafael Campos, que também é o 3º no ranking nacional, por exemplo. No geral, conseguimos bons resultados e tivemos equipes campeãs brasileiras” celebrou.
Moalisson Marques, uma das revelações do Tênis de Mesa baiano
Mesmo sem deixar de exaltar os recentes feitos da delegação, Paulo Carneiro confessa que existe uma grande diferença de nível do estado em relação aos da região sudeste. “Com o grande número de descendentes de japoneses e chineses concentrados no Rio e em São Paulo, o Tênis de Mesa nacional acaba ficando mais concentrado naquela região, e como não temos um centro de treinamento é difícil competir nesse patamar” disse. Com isso, as chances de uma participação olímpica em 2015 não são das melhores para os mesatenistas baianos, o que faz com que um planejamento para 2020 já seja implementado pela federação. “Hoje temos atletas baianos na briga, mas como eles não participam de competições internacionais fica difícil conseguirem uma vaga com os melhores do Brasil. Na verdade, a formação de um atleta para os Jogos é de 8 a 10 anos. Tem que se iniciar cedo, trabalhando a postura corporal, por exemplo. Mas temos previsões para 2020” reiterou. De acordo com o dirigente, natural de Feira de Santana, a meta principal para a busca de novos atletas é descentralizar os esforços, o que na verdade reflete a força de diversos pólos do Tênis de Mesa no interior do estado. “O que acontece é que os professores tem feito essas peneiras com os jovens já no interior, e estamos querendo trazer isso para a capital, fazendo uma parceria com o Clube Espanhol. Hoje temos o nosso melhor atleta vindo de Itororó, os destaques mirins são de cidades como Camaçari, Itabuna. Além de que temos um bom trabalho sendo feito pelos clubes de Feira e Juazeiro, por exemplo”.
Tricampeão Baiano, Rafael Rocha é uma das referências do estado
Tricampeão Baiano, Rafael Rocha é uma das referências do estado Mesmo trilhando o caminho das futurar gerações, o Tênis de Mesa também alimenta planejamentos a médio e curto prazo que muitas vezes esbarram nas dificuldades financeiras da entidade. “Conseguimos apoio em relação a última etapa da Copa Brasil, mas ainda não temos garantias em relação ao Brasileiro de Seleções e Clubes, que será em Joaçaba-SC. Precisamos de patrocinadores para participar da competição” confessou. Paralelo a isso, a criação de um equipamento esportivo também figura como uma das metas para aumentar a prática da modalidade nos grandes centros. “Hoje estamos em busca de um galpão para locar em Salvador. A Confederação Brasileira (CBTM) será nossa parceira e vai disponibilizar materiais de última geração para a prática do Tênis de Mesa. Também queremos trazer uma etapa da Copa Brasil para a cidade e temos negociado com o Centro Panamericano de Judô. Já fui no local e acredito que ele tem a estrutura necessária para sediar o evento. Além disso, queremos trazer atletas nacionais de peso para participar de atividades como as maratonas que já realizamos e tem grande sucesso com o público”.