A final da Copa Governador do Estado será disputada entre o Vitória da Conquista e o Bahia de Feira a partir do próximo domingo. Mas um fato chamou a atenção na rodada final das semifinais. Em Salvador, o Vitória recebeu o Bahia de Feira, jogando pelo empate para chegar à decisão da competição, e, estranhamente, colocou em campo um time completamente diferente de todos os que estavam jogando a competição. Nenhum dos 11 titulares desta partida havia jogado na competição.
O presidente do ECPP Vitória da Conquista Ederlane Amorim, demonstrou preocupação com esse fato: “vimos isso com muita tristeza. Sentimos-nos prejudicados com essa situação, pois não é segredo para ninguém que o nosso objetivo é disputar a Copa do Brasil e o Vitória jogava por dois resultados possíveis para que isso acontecesse. Se eles fossem para a final nós já estaríamos com a vaga garantida e agora vamos ter que disputar mais duas partidas para isso. Em condições normais isso poderia acontecer, sem nenhum problema, mas o Vitória tinha ampla vantagem e colocou um time que não havia jogado em nenhuma das 7 partidas anteriores”.
Segundo Ederlane, “antes do início da Copa Governador o próprio Bahia de Feira anunciou para todo mundo que mudaria de nome, passaria a se chamar E.C. Feira de Santana, numa parceria com o Vitória, assumindo inclusive as cores rubro-negras, em notícias veiculadas em sites, redes sociais e até da própria Federação. O time inclusive já divulga suas notícias onde consta esta informação da parceria com o E.C. Vitória, inclusive de que teria aporte financeiro e outros benefícios como, por exemplo, utilizar a mesma marca do material esportivo do time da capital além de ser patrocinado por empresa indicada pelo Vitória”.
“O fato”, afirma Ederlane., “é que nos sentimos prejudicados, o próprio presidente da Jacuipense já afirmou que se sentia prejudicado porque hoje ainda estaria disputando uma vaga para a Série D. Mas uma vez repito. Não porque o Vitória perdeu o jogo, pois o Bahia de Feira foi campeão estadual contra o time principal Vitória, dentro do Barradão, contrariando todas as expectativas, mas pelas circunstâncias em que isso aconteceu. O Vitória não tem outras pretensões nesta competição, todas as outras equipes são contrárias à participação da dupla Ba-Vi, por entender que para eles não representa nada, pois entram apenas para dar ritmo de jogo para seus atletas, já que ambos disputam a Série A e Copa do Brasil”.
Ainda segundo o presidente, este fato representa “um desgaste muito grande para a competição que já não é apelativa, que não tem público, pouca visibilidade na mídia. Nós disputamos essa competição há cinco anos para conquistar vaga para uma competição nacional para o segundo semestre. Nós disputamos como se fosse uma Copa do Mundo”.
“Nós abrimos a súmula da partida e vimos atletas de 16 anos, jogadores de 17 anos, jogadores de 18 anos e apenas quatro jogadores em seu último ano de juniores, ou seja, mesclou juniores, juvenis e até infantis. Isso é um risco muito grande para a credibilidade da competição”, disse Ederlane, lembrando que “quando foi anunciada essa parceira mantive contato com a FBF já temendo uma situação dessas para o Campeonato Baiano, mas ela acabou se desenhando agora. No campeonato caso uma equipe precise isso pode acontecer. Voltei a ligar para o Presidente Edinaldo, manifestando nossa preocupação para que se acenda um alerta para que isso não possa macular o futebol da Bahia. Vamos procurar os outros clubes para enviarmos um manifesto para enviar à FBF para demonstrar a nossa preocupação com essa situação e com o que aconteceu”.
Site: E C Vitória da Conquista