O técnico Alexandre Gallo tenta implantar nas categorias de base da seleção brasileira o mesmo esquema de jogo usado por Luiz Felipe Scolari na equipe principal, o 4-3-3, e vai ter o grande teste dessa medida nos próximos dias. A partir de 17 de outubro, a seleção Sub-17 começa a disputar o Mundial da categoria, o primeiro desde que a padronização tática foi adotada.
– Com todos os times no mesmo modelo, desde a categoria Sub-15, os jogadores já entendem o que a gente quer, a nossa filosofia de trabalho e a consciência tática – explicou Gallo, que assumiu o cargo de técnico das equipes de base no fim do mês de janeiro. A missão era justamente reestruturar as seleções, principalmente depois do fiasco do Sub-20, eliminado ainda na primeira fase do Sul-Americano da categoria.
Após conseguir a classificação para o Mundial Sub-17, Gallo afirma que o principal ponto em que o Brasil tem evoluído desde então é a experiência adquirida pela comissão técnica. Para o Sul-Americano da categoria, por exemplo, foi a primeira convocação do técnico. Agora, para o Mundial nos Emirados Árabes Unidos, já é a sexta lista de jogadores.
Na primeira fase do Mundial, o Brasil encara a Eslováquia, os Emirados Árabes Unidos e Honduras. Gallo tem enfatizado bastante a parte tática dos treinos e pede principalmente para os atacantes ajudarem a marcar. Fora isso, a comissão técnica tem espionado os rivais, principalmente o adversário da estreia, considerado o jogo mais difícil.
– Para se preparar para a Eslováquia, vamos fazer um jogo amistoso contra a Croácia, um país vizinho e que joga um futebol parecido. A estreia é sempre uma partida nervosa e temos que ter atenção especial – declarou o treinador, que tem feito a preparação em Cotia (SP), antes do embarque para a disputa do Mundial.